Toro
A comarca vitivinícola de Toro estende-se no extremo Sudeste da província, onde confluem os territórios de Zamora e Valladolid e onde já se fermentava a uva quando as tropas de Roma tomaram a actual vila de Toro como base, para derrotar os cantábricos e os asturianos.
Constituída oficialmente em 1987, a Denominação de Origem Toro compreende parte das comarcas naturais de Tierra del Vino, Valle del Guareña e Tierra de Toro e delimita-se com os terrenos ermos de Tierra del Pan e Tierra de Campos. 60.000 hectares de extensão, dos quais 5.800, dedicados à videira, o que ajudou a dar forma, a uma paisagem caraterística.
A zona engloba três municípios de Valladolid, que incluem três adegas e 12 municípios zamoranos, onde se situam 41 caves especializadas. Além da cidade de Toro, a parte zamorana desta DO inclui os municípios de Argujillo, Bóveda de Toro, Morales de Toro, El Pego, Peleagonzalo, El Piñero, San Miguel de la Ribera, Sanzoles, Valdefinjas, Venialbo e Villabuena del Puente.
As baixas temperaturas do inverno de Toro e as altas temperaturas registadas no verão, somadas com o grande número de horas de Sol ao fim de um ano, resultam na qualidade excepcional da uva, especialmente na variedade autóctone, a tinta de Toro.
Além da variedade principal é frequente o uso da casta grenache. Como variedades brancas estão a uva verdejo e a uva malvasía.
Entre os vinhos que deram fama mundial à comarca estão os tintos jovens e de carvalho, e os crianza: especialidades com um mínimo de dois anos, dos quais pelo menos seis meses, permaneceram em barricas de carvalho. Relativamente às grandes reservas, o vinho terá cinco anos ou mais, com pelo menos 24 meses em pipa de carvalho.
Também se produzem vinhos rosés e brancos, um complemento necessário aos verdadeiros reis da denominação, os tintos.