Arribes
O Parque Natural dos Arribes do Douro, de 106 105 hectares compartilhados entre as províncias de Zamora e Salamanca, caracteriza-se pelo profundo vale aberto pelo leito do rio, com paredes que ultrapassam em muitos pontos os 200 metros de altura. Ao longo de uns 80 quilómetros (cinquenta partilhados com a fronteira portuguesa), o Douro desce rapidamente de altitude. Isso possibilitou a existência de um impressionante complexo de barragens de produção hidroeléctrica, que incrementam a dimensão aquática deste parque natural.
O microclima gerado neste espaço fabuloso com uma temperatura média anual suave, a inexistência de geadas e umas certas condições de humidade, têm dado origem à presença de espécies animais e vegetais próprias da região mediterrânea. As peculiaridades do clima favorecem o desenvolvimento de estevas, giestas, alfazema… e favorecem a existência de lugares extraordinários como a cortiça de Fornillos Fermoselle. Nas ravinas características dos Arribes crescem vinhas, oliveiras, madronheiros e zimbros.
As ravinas e penhascos são elementos característicos deste espaço natural, onde se encontram espécies de grande valor como o abutre comum, a águia-real a cegonha preta, o abutre egípcio, o falcão peregrino, sem deixar de considerar outras espécies de interesse como a águia-cobreira, o mocho real, ou a gralha de bico vermelho. À noite, o morcego é dono e senhor por estas bandas.
Esta área natural oferece lugares realmente espectaculares, como a foz do rio Tormes, conhecido como Ambasaguas, no limite de Fermoselle. Assim como a ponte da Cicutina, no rio Tormes, onde também se criou uma zona balnear.
O Parque Natural dos Arribes do Douro oferece também a particularidade de realizar um cruzeiro pelo rio. Um barco especialmente equipado permite contemplar este desfiladeiro esculpido pelo Douro com toda a sua espectacular orografia, fauna e flora.